sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Adoro os termos técnicos, os temas novos e os termometros,
o pulsar do sangue nos pulsos, pulsões,
o sexo, o quente e o frio, as emoções.
Adoro o que sei de cor, caminho de olhos cerros,
os campos semeados, à Borda d´àgua,
alfaia agricola, o suor frio, a geada.
Adoro o bonito o feio, as plásticas,
o engraçado, ser de novo o sempre velho,
todas as caras que encaro, ao espelho.

Adoro as quedas livres, o espaço sem molhar.

Adoro a seiva, a semente as raizes,
toda a fauna excepto os pombos e as perdizes;

Adoro o que me dizes.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Acenas cenas de adeus, sou católico na despedida,
sou pó antes da despedida, sou despido antes de partir,
sou lavado, sou levado. Estou de partido.
Somam partes de discurso, sou vigorado em palavras,
colam mais adjectivos do que sou.
Só os parasitas sabem o meu verdadeiro paladar.

Sou o que soube dar.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

É de ser amargo partir asim, é ser fim e anunciar

é ser de partido e partilhar, não tem o defunto lugar.

Finalmente há pontuacão em ti...

Ganhas-te os pontos, o final.

Defunto de broca negra,

uma simples pedra, sepulcral.



Sempre sussuras-te segredos.



Pena de Peninsula, com letras em 100 palavras.

Escreve direito à canhota