quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Quase a tempo de chegar pouco atrasado,
minutos de engarrafamento, o 15 preso na linha,
"nesse tempo de espera o individuo definha,
queria estar presente mas apresento-me no passado".

Antes da culpa,existem os seus termos e a razão,
consigo explicar, de-me a sua atenção,
"faltou pôr no eléctrico carvão, alguem se esqueceu,
quando comecou a andar, fez um furo no pneu".

"Podia vir de taxi"diz; virando-me o traseiro,
mas está com três meses de atraso, não tenho mais dinheiro,
" acorda cedo que podes vir a pé"
um touro mais manso ponha a o afficion gritar olé.

Como diz o que quer, eu respondo "oí?"
faco-me de burro, onde reina um boí,
se me falta tinta para desenhar o nosso espaço,
peço caneta e dou-lhe um abraço.

Em quem espera sempre por algo,
há quem, sempre o espere.