domingo, 3 de agosto de 2008

Curiosamente, Mário defrontava a luz
Com óculos fundo de garrafa,
E com a garrafa no fundo dos seus olhos,
bem segura nas mãos; firme.


Maria gostava de sol,
e de coisas com muita cor,
Tinha como sonho, ser espanta pardais,
Espalhafatosa e engraçada; feliz.


Mário nunca conheceu Maria.
Maria nunca conheceu Mário.


Porquê tantas palavras,
Nem todas as histórias se conjugam.


Digamos que Mário,
Viu a Maria ao sol,
Com braços abertos em asa.


Digamos que Maria
Via outra luz, nos óculos de garrafa,
Ou um outro mergulho no fundo desta.


Porquê tantas palavras. Apaga a luz.

3 comentários:

Meres disse...

Porquê tantas palavras. Apaga a luz.
Com toda e muita razão caro amiga, esta frase está a ressoar-me cá dentro...beijos e sei em quem te inspiras-te ou é impressão minha??

Meres disse...

desculpa caro amigo, disse amiga zeca, não fiques chateado, foi simplesmente um engano

Maura disse...

Este poema é excelente!
Sei que não te estou a dizer nada de novo, mas vim dar uma vista de olhos ao teu blog e não resisti a deixar algo neste post!
Continua! :)